Secretário-geral da ONU defende mais poder para as mulheres
Em mensagem pelo Dia Internacional da Mulher, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu um maior “empoderamento das mulheres, em um mundo que é dominado por homens e tem uma cultura comandada por eles”.
Segundo Guterres, isto é verdade “em governos, administrações públicas, no setor privado, mas também em organizações internacionais como a ONU.” A informação é da ONU News
Desde que assumiu o posto, Guterres fez da igualdade de gênero e do “empoderamento das mulheres” um dos temas centrais da propostas de reforma da ONU.
Neste Dia Internacional da Mulher, ele gravou uma mensagem de vídeo onde faz uma reflexão sobre as mudanças necessárias para que mulheres e homens possam estar em pé de igualdade em todos os aspectos da sociedade.
Igualdade de gênero, questão de poder’
“Vivemos num mundo dominado por homens, numa cultura dominada pelos homens. E isto é verdade em governos, administrações públicas, no setor privado, mas também em organizações internacionais como a ONU. Portanto, a questão central para a igualdade de gênero é uma questão de poder. E é por isso que o empoderamento das mulheres é o nosso objetivo mais importante.”
declarou Guterres.
Aplicação prática, não discurso vazio
Mais do que um simples discurso, a mensagem de Guterres encontra eco em ações efetivas adotadas por ele desde que assumiu o posto de líder das Nações Unidas.
Atualmente, a ONU tem mais mulheres do que homens no seu grupo de liderança, o gabinete do secretário-geral. A vice-chefe da organização é uma mulher, a nigeriana Amina Mohammed, e a chefe de gabinete também, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti.
Segundo António Guterres, esta mudança “será um instrumento chave” para que a ONU possa combater “abuso e exploração sexuais com tolerância zero, combater o assédio sexual” e garantir a criação de “uma organização na qual mulheres e homens possam trabalhar juntos em plena igualdade.”
O secretário-geral diz estar convencido de que a paridade de gênero dentro da ONU irá “contribuir para um mundo onde mulheres e homens possam também estar em igualdade total.”